26 de junho de 2008

Pelos últimos dias...

O dia estava estranho - ora cinza, ora azul. A rodoviária era de uma sujeira subjetiva. Não lhe agradava. Lugar onde pessoas desconhecidas vêm e vão todo instante. Queria estar longe dali. Na verdade, gostaria de estar longe de tudo e de todos. Poucos minutos tinham corrido, mas, pra ele, pareceram infinitos e incontáveis. Seu olhar era distante. Quando entrou no ônibus, continuava distante. Muito além do sujo vidro que preenchia a comum janela. Comum já vivera por tanto tempo. Era como tivesse vivido uma vida não sua. Sentia-se um estranho no seu próprio corpo. Talvez necessidade de provações. Mas, pra quem? Pra quê? Sem explicações. Naquele momento, tantos pensamentos embrulhavam sua cabeça. Estava perdido. Porém, um era mais pertinente: as diferenças que definitivamente (supostamente) havia entre ela e ele. Era como se procurasse uma balança para medir algo imensurável. Tudo indicava o óbvio. Mas, o amor era maior.

18 de junho de 2008

Percepção não moldada

“(...) Ele não entendia porque as pessoas grandes sempre olhavam para aquele negócio na parede, aquilo que eles chamavam de relógio. Era como se aquele objeto os repreendesse de alguma forma. Mas ele não conhecia nem o significado de ‘repreender’ (...)”.

12 de junho de 2008

Universo
Não sei que sei o não sei
Não sei, não sei que não sei
Não sei que sei
Sei que sei e que não sei
Não sei que sei o que sei
Não sei o que sei que não sei
Não sei se sei o que sei
O que sei?

4 de junho de 2008