31 de julho de 2008

Entre procelas

Deixar-se viver é fenecer-se aos poucos.
(...)
Amigo, acorde! Acode-te!
É deveras sabido que o viver é breve.
Por isso, nada de sofismas e subterfúgios.
Destes já estou saturado.!
(...)
Cá entre nós, vejamos o que é iminentemente salutar.

23 de julho de 2008

O Grande Ditador
Pólvora, sinto seu gosto e sua fúria
Ao meu irmão e a mim feriu no peito
Um rio sedento de ambição e de lamúria
Conduziu a nação ao mesmo leito

No coração de ferro pulsa óleo
Comprado à custa de sangue humano
É o ouro negro das misérias
Entupindo-nos em ambiente urbano

Ruas mortas, acinzentadas
Hora do toque de recolher
A estupidez está armada
Em busca de glória e poder

Precisamos de força renovada
Não a mesma que faz sofrer
O amor é a evolução da estrada
Unindo-nos para verdadeiramente Ser


Inspirado no grande filme do mestre Charles Chaplin

17 de julho de 2008

Incompreensão à flor da pele

Enquanto indagações veementes nos confundem. E a incoerência do passar se desdobra mais. Impondo-nos a idéia de que temos tempo para envelhecer. A gente, simplesmente, continua se embriagando de ilusões na tentativa de termos a sensação de que existimos.

10 de julho de 2008

Instante
O ambiente inspira
O ser transpira
Delira...
Reverte sua ira

Mentes se direcionam
Ao som, à luz, à emoção
Ao instante vivido
Caos que cria sentido

Os caminhos se cruzam
Personagens se fundem
Mundos se mudam...

Percepção das formas
Origem das causas
Ápice das escadas

3 de julho de 2008

A tarde cai

Gostaria de sentar-me diante desta folha em branco e deixar a caneta fluir como as águas fluem naquela correnteza. Mas não consigo. Gostaria de deitar-me, à noite, em minha cama e deixar os sonhos me levarem como os pássaros os deixam pela necessidade de migrar no inverno. Mas não consigo. Gostaria de te ver neste instante como posso ver as lágrimas percorrendo meu rosto no espelho. Mas não consigo. Gostaria de voltar a escrever poemas de amor como um dia assim foi. Mas não consigo.