16 de dezembro de 2011

Hoje eu sobrevivi a uma avalanche de pedras

Foi num sonho
Enquanto a fúria desgovernada se aproximava
Minhas chances de escapar minguavam
A morte era certa
Com ela tive que me conformar
Foi tudo muito rápido
Segundos para o impacto
...
Durante aqueles instantes o medo sumiu
Todas as percepções se aguçaram
Num insight desviei do primeiro rolo compressor
Que passou na velocidade de uma flecha
E assim, sucessivamente de todos os outros imensos projéteis
Que me tinham como alvo
E desciam rolando, quicando pelas encostas
...
Olhei para trás para acreditar
Tinha me salvado
Tudo estava calmo, em paz novamente
Eu, que havia pensado ter chegado a minha hora
Vi-me mais vivo do que antes
E percebi
Que mesmo na maior das adversidades
Não desisti da vida
E que são nestes momentos que crescemos
Mesmo num sonho...


Sonhado/escrito em um dia do Outubro passado

16 de novembro de 2011

Fragmentos I

Como é difícil desfazer laços quando se tem raízes já fortemente estabelecidas.

30 de julho de 2011

Um retrato do planeta (título provisório)

I.
A poesia e o poeta caminhavam juntos
Em dimensões separadas
Abstratas, inatas
E adaptadas para a circunstância

A música tocou de repente
Versada em rima
Em prosa vivida, conhecida da mocidade
Mas sem aspectos que impusessem algum futuro
Não que isso fosse necessário
Mas naquele momento era


"Esta é a primeira parte desta poesia que estou criando em capítulos, a segunda está postada em Conceitos são Reflexos
e a terceira está no Arte no Contexto

26 de maio de 2011

D.S.

Nos ouvidos, Moriarty. Nas mãos, lápis. No paladar, café. E assim percorro estas linhas. Minhas. Suas. Nossas. (...) Hoje parei para te ler. Ver. Ter. Me arriscar. Penso muito nas pessoas que passaram por aqui. Visitas. E não tem como te negar. Renegar. Aprendi Cortázar entre suas cores de Almodóvar misturado com o cheiro do seu cigarro e a maquilagem exposta. Hoje sou outro. Você passou por aqui e deixou marcas. Seus vestígios ainda figuram nessa pessoa que te escreve. O mundo gira de outra forma. E hoje me revisito. E percebo o que passou. Ou tento.


11 de maio de 2011

2.0

Uma nova fase dentro do processo de criação deste ser que lhes escreve, para entender melhor acesse o eXpresSãO vIRTual:

http://expressaovirtualarte.blogspot.com/

Abraço a todos!

9 de fevereiro de 2011

Banho de Mar

À espera de inspiração
Ela não chega
Amanhece desavisada
Disfarçada, obrigada a ser o que não é

Na bagagem feita às pressas não há meias nem calças
Nada
A própria mala é a bagagem
Livre, entregue às distâncias e substâncias
Juntas compõem o sopro do ar na areia

Não espero mais o momento eterno
Vou continuar a rabiscar
Areia

18 de janeiro de 2011

O que você precisa para se sentir vivo?

Ando por aí... Levo comigo apenas suas palavras guardadas em algum lugar. Meu caminhar se perde entre meus passos falsos. Percebo tudo ainda vazio. Eu, vazio. (...) Me perco por aí. Me perco em mim. Em mim. Em ti. Nele. Nela. Em nós. Me perco.

7 de janeiro de 2011

É um mistério pra mim
Pensar no que sou
No que devo fazer
Pensar em pensar

Não saber
Se há um rumo certo
E se há
Não saber

É um mistério
O futuro
O futuro
Não há

Sempre será
Nunca foi
Entender?

O Mistério


Inspirado no 1° verso da música SOCIETY (Eddie Vedder), trilha do filme Na Natureza Selvagem.