8 de outubro de 2017

Nuvens que passam

Vá!
Se caia sobre a poesia.
Das coisas.
Se permeie da poesia.
Das coisas.
Se infiltre pelas beiradas.
E, com mansidão, vá chegando ao cerne na poesia.
Das coisas.
Lá onde reside as bobagens.
As infâncias.
Os algodões doce.
Bobagem!
Sê poesia.
Das coisas.

5 de outubro de 2017

Poesia do mundo [ou A Margem Oposta]

Há poemas espalhados pela grama
naquela praça do outro lado do rio
Talvez você tenha 
pisado em algumas palavras esparsas
Quando colheu os versos maduros
não lidos nem ouvidos
E providencialmente engolidos
que ninguém nunca mais viu

Só não se esqueça de plantar as sementes
Poesia que germina, cresce…
e alimenta esse mundão de poetas!


Há relação entre o “lado de cá” e o “lado de lá” na Poesia? Entre o visível e o invisível, o material e o imaterial, o dizível e o indizível? De onde vem a Poesia?